Dislexia: se informe, aprenda o que é e como tratar?
Tratamento pode ajudar a vencer obstáculos
A criança demora muito a fazer o dever de casa, se cansa, lê mas não entende. Antes de perderem a paciência, os pais precisam saber que pode não ser preguiça, rebeldia ou muito menos falta de inteligência. O alerta, que já anda ecoando em algumas escolas, chama a atenção para a dislexia, um transtorno de aprendizagem que envolve dificuldade com a leitura e a escrita. E agora ganha mais destaque com a Semana da Dislexia, que começa na próxima segunda-feira.
A iniciativa do Instituto ABCD, organização que oferece apoio técnico a grupos e instituições que dão suporte a famílias, educadores e pessoas com distúrbios de aprendizagem, tem como slogan “Eu posso!”. A ideia é que a campanha seja um grito contra o preconceito que disléxicos sofrem na escola, em casa e até no trabalho.
- A dislexia não tem relação com potencial. São pessoas capazes. Mas precisam de apoio. O professor deve oferecer mais ferramentas concretas. A maioria das escolas dá mais tempo para a criança fazer a prova. É justo. Os pais podem mostrar mais de História nos museus, por exemplo - sugere a fonoaudióloga Renata Mousinho, do Centro de Referência em Dislexia da UFRJ.
O diagnóstico não é simples. Família e escola também são analisadas.
- Apesar de fechar diagnóstico por volta dos 8 anos, quando há indícios, o tratamento deve começar logo. Isso minimiza problemas escolares e baixa autoestima - diz Renata.
Segundo ela, o tratamento deve envolver fonoaudiologia, pedagogia e psicopedagogia. O Centro de Referência em Dislexia, da UFRJ, abre inscrições para tratamento a cada seis meses. A próxima será no dia 3 de dezembro. O atendimento começará às 13h, mas é bom chegar cedo, porque a procura é grande. O serviço também oferece capacitação de professores e reuniões semanais para os pais. Informações no site www.eloufrj.com.br.
