sexta-feira, 25 de abril de 2014

Vacina contra o Herpes Zóster chega ao Brasil neste mês


No Brasil, está previsto ainda para este mês a chegada da primeira vacina contra o Herpes Zóster, doença causada pela reativação do vírus da Varicela, por ocasião de uma queda na imunidade, e que acomete principalmente idosos.

O Herpes Zóster, também conhecido como “cobreiro”, apresenta baixa letalidade, além de ser pouco frequente – manifesta-se em menos de 0,5% da população. No entanto, para os indivíduos afetados, os sintomas causam enormes prejuízos. Em geral, aparecem bolhas em determinadas áreas do corpo (geralmente no rosto, no pescoço e nas costas) e dores fortes. Na maioria dos casos, as lesões e as dores regridem com o tempo.

O problema, porém, são as complicações que podem surgir com a manifestação do vírus. A mais comum é a neuralgia pós-herpética. A dor, devido a inflamação de um determinado nervo, tende a tornar-se crônica, comprometendo bastante a qualidade de vida dos pacientes, sobretudo, os idosos. A doença pode causar ainda lesões nos olhos, infecção secundária bacteriana grave no local das lesões e doenças como Hepatite, Pneumonite e Meningoencefalite.

“Diante do sofrimento de quem desenvolve o Herpes Zóster, a imunização é bem-vinda. Vacinas não são exclusivas para crianças, o idoso também tem as suas”, afirmou Renato Kfouri, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).

“Como a doença é mais comum na terceira idade, deve se tornar mais frequente no Brasil no futuro com o envelhecimento da população”, explicou Rosana Richtmann, infectologista do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.

vacina, aplicada em dose única, já está disponível há dez anos nos EUA. Outros países também já estão utilizando o imunobiológico – Canadá, Reino Unido e Austrália; e, mais recentemente, México, Argentina e Colômbia.

Segundo os CDCs (Centros de Controle de Doenças) norte-americanos, a vacina é considerada segura e, até então, não há relato de efeitos adversos graves. Segundo o órgão, em 30% dos casos pode ocorrer dor temporária no local da aplicação e, mais raramente, dor de cabeça, febre e mal-estar. Trata-se da mesma vacina contra a Catapora, com vírus vivo atenuado, mas com uma quantidade maior de antígenos, já que a resposta imune do idoso costuma ser menor.

Embora na maioria dos país a vacina seja indicada para a população acima de 60 anos, no Brasil, a vacinação será estendida para pessoas acima de 50 anos. Conforme salienta Rosane Ritchmann, a resposta imune é maior entre os 50 e os 59 anos. “Quanto mais as pessoas aguardarem, menor será a proteção”, afirmou.

Segundo os especialistas, não há previsão de quando a vacina estará disponível na rede pública de saúde. “Os custos são elevados e seria preciso tirar recursos de outras áreas prioritárias”, explicou Guido Levi, vice-presidente da SBIM. Paralelamente, há um problema de disponibilidade que precisa ainda ser equacionado, já que cada vacina contra o Zóster usa 14 doses da vacina contra a Catapora.



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